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Senador ACM Junior pode não concorrer ao Senado em 2012 na Bahia

Do senador ACM Junior: Eu não defini se serei candidato ou não. O objetivo maior é eleger Paulo Souto. Sou um soldado do partido






ACM Junior, entrevistado pela equipe do JFH, demonstrou apreço pela luta política e disposição em participar do processo eleitoral de 2010.



jornalfeirahoje.com.br





A entrevista foi combinada com o jornalista Luiz Francisco, assessor do senador ACM Junior. Inicialmente, solicitamos um tempo de 40 minutos, mas ela se estendeu por uma hora e treze minutos. Concedida a Carlos Augusto e Sérgio Jones, ocorreu na sede da Rede Bahia, Bairro Federação em Salvador. Na entrada principal do prédio, avistavam-se duas esculturas em forma de bustos em bronze: do Senador ACM com uma frase sobre liberdade de expressão e de Luís Eduardo que versava sobre o papel da política na vida do cidadão.



O senador entrou na sala de reuniões, nos cumprimentou e dirigindo-se a Francisco, comentou sobre uma nota veiculada no jornal online, Bahia Notícias de Samuel Celestino. “Possuí uma serie de equívocos. Renunciei ao comando das empresas de Radiodifusão (tevê e rádio) em 2001 ao tomar posse no Senado. Existia uma procuração de minha mãe, Arlete Magalhães, que me dava poderes de representá-la à frente das empresas. Por força da lei, renuncie a está procuração e á direção das empresas de rádios e tevês, desta forma, assumi o mandato de senador, e mantive minha participação societária”.



Ele seguiu explicando que de fato é o presidente da Rede Bahia. “O nome/marca, Rede Bahia, pertence a um grupo de empresas: construtora, jornal, produtora de eventos, etc. Os veículos de radiodifusão utilizam o nome em forma de fantasia. Portanto, sou de fato presidente da Rede Bahia, nome que pertencente a um grupo de empresas com características societárias distintas das empresas de radiodifusão, que são concessões públicas”, finalizou ACM Junior.



Sobre a pauta



A pauta foi produzida levando em consideração o posicionamento político do senador Antônio Carlos Magalhães Junior, o papel dos Democratas no desenvolvimento do estado, a influência política de ACM (pai do senador), avaliações dos governos João Henrique e Jaques Wagner e Lula.



Ela será publicada em quatro blocos temáticos ao longo desta semana. Elas desnudam o pensamento político do senador e trazem esclarecimentos sobre sua identidade ideológica. Alfineta os adversários e reconhece que é difícil fazer oposição ao presidente Lula.



Durante a entrevista foram aprofundados temas sobre a economia: Independência do Banco Central, Consenso de Washington e Crises globais.



Perguntas desenvolvidas

Governo Lula e Congresso Nacional

O governo federal cedeu parte dos royalties do petróleo para os estados margeados pelos campos do Pré-sal. Isto não atinge o pacto federativo, ao favorecer determinados estados em detrimento de outros. Ou seja, o critério não deveria ser o populacional? O petróleo não está localizado em plataformas continentais, portanto pertencem a União e não aos Estados?



É correto do ponto de vista constitucional a privatização de rodovias, sem a devida construção de via alternativas? Isto não infere no direito de livre trânsito em território nacional?



Por que os recursos que incidem sobre carros, pneus, combustíveis e o próprio IPVA não são corretamente aplicados, na construção, reforma e ampliação de rodovias? Por que os governos tem que meter mais um pouco a mão no bolso do cidadão /contribuinte e cobrar-lhes pedágios que julgamos inconstitucionais?



Isto ocorre desde o governo Fernando Henrique Cardoso, que deixou uma malha rodoviária comprometida?



O senador sentiu-se decepcionado no tocante a CPI da Petrobras? Quais eram as expectativas da oposição?



O senhor tem feito discursos criticando o que chama de excessos de gastos por parte dos Governos Federal e Estadual. É gasto ou investimento?



É difícil fazer oposição a um presidente que conta com enorme prestígio junto a população e que sido reconhecido internacionalmente como uma das maiores lideranças mundiais da atualidade?



Por duas vezes o senhor chegou ao senado, através da suplência? Existe um debate no próprio senado da república que a suplência retira a legitimidade da representação. Como o senhor avalia isto?



O senhor, na condição de senador, conviveu com dois presidentes, FHC e Lula, como avalia a personalidade e estilos de ambos?



Do ponto de vista do administrador. Quem desenvolveu uma melhor gestão pública, FHC ou Lula e que pontos destacaria?



O senhor sempre resistiu à possibilidade de sair candidato. É o que se comenta, nos bastidores da política. O seu partido o Democratas, lançou o nome de Paulo Souto ao governo, mas até o momento não definiu o vice e os dois nomes ao senado. Faltam quadros ao partido, para concorrer, ou faltam aliados para compor com a chapa Democratas/PSDB?



Vamos falar de Sarney. O senhor se sente confortável tendo como presidente o Senador José Sarney?



Governo Wagner



Como o senhor avalia a política de atração industrial do governo Wagner?



No quesito segurança pública, como o senhor avalia o atual quadro baiano?



Seu tio, José Maria de Magalhães, comandou a secretária de saúde do estado por bom período. Os democratas conduziram a saúde do estado e o resultado foi um dos modelos com maior grau de concentração em atendimentos médicos em uma capital, de um estado que é maior do que um país como a Alemanha. Os democratas não souberam realizar políticas públicas de saúde?



Na educação, mais de um milhão de baianos precisavam ser alfabetizados. Por que, com tantos investimentos em educação, os democratas não conduziram a população para um melhor nível de instrução?



O metrô de Salvador, até o momento não foi concluído. Como administrador e político o senhor pode nos explicar, o que acontece com o setor público que é incapaz de concluir uma obra no cronograma definido?



Que avaliação os senhor faz do governo Wagner?



Governo João Henrique

O seu filho, deputado federal ACM Neto, concorreu a prefeito e terminou em terceiro lugar, embora, em boa parte do primeiro turno, liderançe as pesquisas de intenção de votos. Os democratas perderam a capacidade de entender as necessidades do povo e por isto perdem eleitores?



O seu pai, o falecido senador ACM, foi prefeito desta capital. Construiu as avenidas de vale e o CAB. Mas em Salvador, de cada dez moradores seis moram em favelas. Não faltou política de urbanização as gestões que estiveram á frente da prefeitura de Salvador?



Professor e Administrador

Diversos ex-alunos do senhor me falaram da sua brilhante atuação enquanto professor da UFBA. Sempre se reportam à sua pessoa como um excelente professor. É difícil conciliar a prática acadêmica com a atuação política?



O senhor tem aversão ao toque do eleitorado, da troca de energia em uma campanha? O que o desestimula na disputa pelo voto?



Os Democratas figuram como a terceira força política do estado? A morte de ACM significa a morte desta ideologia?



O ex-prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo, tem tido o seu nome cogitado para o senado? Como o senhor avalia esta possibilidade?



O senhor preside a Rede Bahia, no entanto logo após a vitória do PT, houve cortes de pessoal. É mais fácil administrar quando o governo é o principal anunciante de uma rede de comunicação?



O senhor é candidato à reeleição ou pretende apoiar outro nome? E que nome será este?



O senhor se sente oprimido pelo mito ACM?



Perfil de ACM Junior

Antonio Carlos Magalhães Júnior nasceu em Salvador, em 1952. Filho mais velho do senador Antonio Carlos Magalhães, é graduado em Administração de Empresas, pela Universidade Federal da Bahia. Casado com Maria do Rosário, pai de Antonio Carlos Magalhães Neto e Renata, ACM Jr. vem de uma família tradicional na política baiana e brasileira, na qual despontam o senador Antonio Carlos Magalhães, seu pai, o deputado Luís Eduardo Magalhães, seu irmão falecido em 1998, e seu filho, o deputado federal ACM Neto.



Empresário bem sucedido, a partir de 1994 assumiu a presidência das empresas que, por sua liderança e perfil estrategista, viriam dar origem, em 1998, Rede Bahia de Comunicação, o maior grupo de comunicação do Norte-Nordeste do país, um conglomerado de empresas que atuam nos segmentos de mídia eletrônica, mídia impressa, TV por assinatura, entretenimento e conteúdo, soluções para Internet e construção civil.



Apaixonado pela carreira acadêmica, atividade que não pretende deixar com a chegada da aposentadoria, desde 1979 é professor da Escola de Administração da Universidade Federal da Bahia, onde atualmente leciona Finanças Corporativas.



Sua experiência no Poder Legislativo teve início em 2001, quando assumiu o mandato de Senador da República, em substituto ao Senador Antonio Carlos Magalhães. Em 2007, com o falecimento do senador ACM, voltou ao Senado, desta feita para cumprir, até o ano de 2011, mandato que lhe conferiu o povo baiano.

FONTE: http://www.jornalfeirahoje.com.br/materia.asp?id=12244

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